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[CASO CRIMINAL]: Gabriel Fernandez

Foto do escritor: Hiandra MotaHiandra Mota

Gabriel Fernandez, de 8 anos, foi torturado e morto pela mãe e o padrasto, pois, segundo eles, o garoto seria homossexual. O caso é retratado pela Netflix.

Desde o início, a mãe de Gabriel, Pearl Fernandez não queria tê-lo, embora ela tenha levado a gravidez até o final, ela abandonou o garoto recém nascido no hospital, onde foi acolhido pelos avós. Desde bebê, Gabriel, que sempre foi uma criança alegre e amável, cresceu em diferentes lares, porém sempre em meio a seus parentes. Até que em 2012, Pearl decidiu levá-lo para morar com ela, seus filhos e seu namorado, segundo os parentes,

a mulher teria levado o garoto apenas para receber benefício do governo americano.

(Pearl Fernandez e seu namorado Isauro Aguirre)

Com a mudança de casa, o garoto foi para um nova escola onde conheceu a professora Jennifer Garcia, e em um dos diálogos com ela, Gabriel indagou:

-É normal que as mães batam nos filhos?

Jennifer indagou o questionamento um tanto quanto estranho e disse que sim, as vezes quando as crianças aprontam é normal os pais corrigirem, então o garoto foi além e questionou: "É normal apanhar de cinto? É normal sangrar?"

A professora após a aula imediatamente ligou para o conselho tutelar para denunciar um possível caso de abuso infantil, o caso caiu nas mãos de Stefanie Rodriguez, uma assistente social novata e com pouca experiência para um trabalho que exigia tanto. A partir daí, a assistente começou a acompanhar Gabriel, fazendo constantes telefonemas e visitas à casa do garoto, porém nenhuma outra medida foi tomada além disso.

Depois da denúncia e mesmo sendo acompanhados de perto por Stephanie, os abusos sofridos por Gabriel Fernandez pioraram, os professores contam que o garoto passou a chegar na sala de aula com os lábios inchados, olho roxo, com cabelo faltando em algumas partes da cabeça e com o couro cabeludo machucado, além de hematomas pelo rosto e pelo corpo. Teve até um incidente onde o garoto chegou com um dos olhos extremamente machucado e inchado e com perfurações no corpo, ao ser questionado sobre o olho e sobre os ferimentos, o garoto respondeu que foram perfurações feitas por sua mãe com uma pistola de ar comprimido, que ela inclusive havia atirado em seu olho. Apesar das agressões vividas, Gabriel amava sua mãe e no dia das mães fez um cartão especial para ela no qual dizia que ele seria um filho melhor.

(Gabriel no dia das mães onde já apresentava diversos ferimentos)


Garcia então mais uma vez reforçou suas queixas de abusos infantis às autoridades e desta vez teve até ajuda de alguns familiares do garoto, que também estavam preocupados. Policiais visitaram o apartamento várias vezes e uma delas poucos dias antes da morte do garoto, mas sempre acreditavam em sua mãe e não levavam Gabriel para fazer exames e averiguar o estado de saúde do garoto.

Gabriel continuava sofrendo abusos inimagináveis, era constantemente espancado agora também por seu padrasto Isauro Aguirre, o garoto sofria torturas como ser trancado num armário minúsculo por horas, além de que, quando não limpava a caixa de areia do gato direito, seu padrasto fazia-o comer a areia com detritos fecais do animal, o garoto também constantemente apanhava com um bastão de beisebol e perdeu vários dentes por isso, também era queimado com cigarro e sua mãe e seu padrasto jogavam spray de pimenta em seus ferimentos.

No dia 22 de maio de 2013, Pearl e Isauro ligaram para o pronto socorro afirmando que Gabriel não estava respirando. Gabriel foi levado para o hospital, porém estranhamente nem sua mãe nem seu padrasto quiseram acompanhá-lo. Fizeram de tudo para salvar um garoto que depois de 2 dias veio a falecer.

(Estado físico de Gabriel no dia de sua morte)


A perícia identificou no corpo de Gabriel várias contusões na cabeça e muita pele queimada devido ao cigarro, além de várias costelas quebradas e perfuradas, foi encontrado chumbo em seu corpo e foi constatado também o crânio quebrado, porém, a maior surpresa para os médicos foi a constatação de apenas fezes de gato no estômago do garoto e nenhum outro tipo de alimento.

Na cena do crime, o investigador colocou fitas adesivas vermelhas em cada local que continha sangue na casa, porém havia tanto sangue que já não dava para distinguir a fita e eles tiveram que trocar por fita amarela.

Pearl e Isauro foram presos e acusados de homicídio culposo em primeiro grau, a mãe e o padrasto declararam que gostavam de espancar o garoto por acharem que ele era gay e que desejavam a morte de Gabriel. Apesar de terem confirmado o homicídio o advogado de defesa alegou ao juri que eles não tinham intenção de matar. Aguirre então foi sentenciado à pena de morte e Pearl se declarou culpada para evitar a mesma pena, então foi sentenciada à prisão perpétua.

O processo não parou por aí, os assistentes sociais envolvidos no caso foram demitidos e sentenciados pelo crime de abuso infantil e falsificação de registros públicos, porém foram absolvidos das acusações.

O significado central da série feita pela Netflix segundo o documentarista Brian Knappenberger, é mostrar a falha do sistema em relação a abusos infantis e os outros culpados pela morte de Gabriel.


(Armário onde Gabriel era trancado)

 
 
 

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