Liana Friedenbach nasceu em São Paulo no dia 06 de maio de 1987, filha do advogado Ari Friedenbach. Uma garota de classe média alta quem sempre estudou nos melhores colégios de sua cidade. Quando tinha 16 anos, Liana conheceu Felipe Caffé que tinha 19 na época e eles começaram a namorar. O jovem casal apaixonado em busca de aventura decidiram acampar numa área rural de São Paulo, mais especificamente num sítio em Embu-Guaçu. Temendo que seu pai não aprovasse a viagem devido ao curto tempo de relacionamento, Liana mentiu que iria para uma excursão num ônibus que levava jovens paulistas da Congregação Israelita, já Felipe avisou sua mãe que iria acampar porém não mencionou qual seria sua companhia. Logo, no dia 31 de outubro de 2003 o casal seguiu sua jornada rumo ao município de Embu-Guaçu. Já no ônibus, os dois atraíram olhares porque o destino era uma cidade muito pequena e tanto Liana quanto Felipe descendiam de famílias de classe média, então os dois estavam bem vestidos e levando consigo muitas coisas.
Local onde o casal iria acampar (Reprodução)
Enquanto o casal caminhava por um vilarejo rumo ao lugar do acampamento, os dois foram avistados por Roberto Aparecido Alves Cardoso, conhecido por Champinha, e, Paulo Cézar da Silva Marques, vulgo Pernambuco. Assim que o casal estavam alocados em sua barraca, foram surpreendidos por Champinha e Pernambuco, que anunciaram um assalto. Como não encontraram quaisquer bens ou quantias significativas em dinheiro, os dois sequestraram o casal e seguiram para a casa de Antônio Caetano Silva, onde seria o cativeiro. A dupla separou o casal, colocando cada um em um cômodo diferente da casa totalmente insalubre e anti-higiênica. Ainda no primeiro dia de sequestro, ou seja, dia 01 de novembro de 2003, Pernambuco estuprou Liana, que não conseguiu reagir dado ao seu estado de pavor. No dia seguinte, a dupla de criminosos decidiram que Felipe não teria utilidade alguma no crime e decidiram executá-lo. Após a execução, Pernambuco fugiu para São Paulo deixando Liana apenas com Champinha. No mesmo dia ao anoitecer a jovem foi estuprada novamente mas dessa vez por Champinha. Sentindo a falta de notícias da filha, o pai de Liana ligou para várias de sua filha pressionando por notícias descobrindo assim, a verdade sobre o acampamento de Liana e Felipe. O pai temendo que o casal tivesse se perdido na mata, acionou o Comando de Operações Especiais que assim que começaram a busca encontraram os pertences do casal ainda na barraca. No cativeiro, Antonio Caetano Silva chegou acompanhado de seu amigo, Agnaldo Pires, Champinha então disse que Liana era na verdade sua namorada e ofereceu-a aos comparsas, de modo que Agnaldo teria aceitado a “oferta” e abusado sexualmente da jovem. Enquanto isso a busca pelo casal ficaram mais intensas e mobilizou toda a imprensa nacional. Ocorreu que com o grande alarde o irmão de Champinha foi ao seu encontro avisar sobre as buscas policiais que ocorriam e que sua mãe estava preocupada, mais uma vez Champinha apresentou Liana como sua namorada. No dia 05 de novembro de 2003, devido a grande repercussão do desaparecimento da jovem, Champinha decide matar Liana, onde defere diversos golpes de faca em sua nuca e tórax. Os corpos de Liana Friedenbach e de Felipe Caffé só foram encontrados pela polícia no dia 10 de novembro de 2003. No dia 14 de novembro de 2003, Pernambuco, Antônio Caetano, Antônio Matias e Agnaldo Pires foram presos. Champinha, por contar com 16 anos, foi apreendido e encaminhado ao local destinado a jovens infratores. A forma com que Champinha foi punido dado a brutalidade do crime levantou discussões mais intensas acerca da redução da maioridade penal, pois a pena máxima para o jovem seria de apenas 3 anos.